2010

Um encontro entre duas Serpentes

Para além da palavra existe um olhar. Uma partilha. Uma força que nos uniu no caminho. Uma energia criativa que habita dentro de nós. De ti. De mim. Uma energia que nasce da fonte escondida nas profundezas do teu corpo. Do meu corpo. Corpos de Mulheres Selvagens e Instintivas. Mulheres que Rompem Rasgam e Florescem e mudam de pele como as serpentes.

O trabalho de auto-conhecimento que buscamos nestes encontros é o principio básico para que possamos cuidar em nós aquilo que queremos cuidar nos outros e no planeta. foi um prazer acompanhar a Joana netsa viagam, acompanha-la a pintar o seu mundo, escreve-lo, redifine-lo, saboreia-lo...

"Se te cae, se te cae como a la culebra", que belos os dias partilhados, que maravilha poder partilhar este processo de renovação e renascimento. Grata por todas as partilhas minha querida serpente Joaninha.

Aída Suárez

TODA A MULHER TEM UM DESEJO DE (SER) MULHER

Ela tem um desejo de mulher. Desejo de quê? Mas do Todo, do Grande Todo Universal.(…)

A este desejo imenso, profundo, vasto como o mar, ela sucumbe, e deixa-se nele adormecer. Neste momento, sem lembranças, sem ódios nem pensamentos de vingança, inocente apesar de tudo, ela adormece na planície, confiante e entregue tal como a ovelha ou a pomba, descontraída e aberta, e se ouso dizer, apaixonada.
Ela dormiu e sonhou…o mais belo sonho. E como dizê-lo? É que o monstro maravilhoso da vida universal, estava nela contido; e para lá da vida e da morte, tudo se mantinha no seu ventre e que ao fim de tantas dores ela deu à Luz a Natureza” *

* in AS FEITICEIRAS – J.

“Olho para mim e vejo apenas amor.
Não imagino para habitação do corpo
Outra consciência
Senão a das coisas que são fontes”…

in Magna Mater – de Rosa Maria Oliveira

Ojo de Culebra, Lila Downs

Tu cuerpo va cargando cadenas,
cadenas de todos los tiempos,
ciruelo, ojo de culebra,
tu frente que en el rostro porta tus penas

Alíviame, de la mala palabra,
la sombra, de tu pensamiento,
tu labio, pon tu mano en mi tiempo
liberando con tu beso, mi condena...

Se me cae, se me cae, como a la culebra
yo lo tiro, yo lo tiro, todo este rencor
Se me cae, se me caen, esas falsedades
Así yo me limpio también del dolor

Dame tu boca, tu palabra retumba,
viento de noviembre, que arrastra tu piel

Dame tu mano, que en tu brazo me muevo,
cimbrame en el suelo, donde esta tu merced

Óyelo mi madre, óyelo mi madre
Óyelo mi hermana, óyelo mi hermana
Óyelo este hijo, óyelo este hijo, de mis entrañas

Óyelo mi madre, óyelo mi madre
Óyelo mi hermana, mi hermana
Óyelo este hijo, de mis entrañas

Óyelo este hijo de mis entrañas,
óyelo, óyelo, óyelo, óyelo, óyelo, óyelo

Se me cae, se me cae, como a la culebra
yo lo tiro, yo lo tiro, todo este rencor
Se me cae, se me caen, esas falsedades
Y así yo me limpio también del dolor

Dame tu boca tu palabra retumba,
viento de noviembre, que arrastra tu piel

Dame tu mano, que en tu brazo me muevo,
cimbrame en el suelo, donde esta tu merced

Óyelo mi madre,
Óyelo mi hermana,
Óyelo este hijo de mis entrañas

Óyelo mi madre,
Óyelo mi hermana,
Óyelo este hijo, de mis entrañas

óyelo, óyelo, óyelo, mi madre...

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